POETAS LEVANTEM A BANDEIRA DA PAZ
Tenho o meu método pessoal para escrever
Respeito toda modalidade de expressão poética
Uso a poesia para a realidade descrever
Respeitar as diferenças é meu código de ética
Deixo a vaidade de lado e fundo mergulho
Idéias viajam na minha mente como cometas
As rimas não desprezo delas tenho orgulho
Posso dizer que sou dependente das letras
Não me preocupo com as suas medidas
Valho-me muito das liberdades poéticas
Um barraco ou um castelo nelas construídas
Faço o possível para respeitar as métricas
Aos poetas acadêmicos não quero causar mágoas
A poesia que eu faço, não aprendi na escola
Não pretendo ser um divisor de águas
A minha poesia o pré-conceito não extrapola
Eu não escrevo em troca de ouro nem prata
Satisfaço-me com uma salva de palma
Sou um simples poeta autodidata
Escrevendo poesias derramo minha alma
Como poetas não somos gladiadores romanos
Temos o poder maior que uma espada
Ao mesmo tempo somos meros humanos
E instrumentos do tudo e do nada
No coração do poeta existe um celeiro
Armazém das experiências acumuladas
Poderá travar um duelo verdadeiro
Quando em busca de palavras ordenadas
Assim como a água movimenta o monjolo
Num ritmo frequente com desfecho pulsante
Tem o poeta em sua obra o consolo
É a roda viva da vida deste amante
Amantes da vida e da livre expressão
Trazer um mundo melhor o poeta é capaz
Para mim a poesia é uma forma de diversão
Poetas levantem a bandeira da paz
Autor: José Calos Gueta
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