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quinta-feira, 30 de junho de 2011

SEIVA DERRAMADA

Figueira centenária Parque Celso Daniel - Santo André / SP. (Foto José Carlos Gueta)


SEIVA DERRAMADA


Acontece com a terra nos últimos cinquenta anos
Incontáveis desmatamentos que pude presenciar
Sempre em nome do progresso dos seres humanos
Que nestes versos com tristeza eu vou denunciar

Os privilegiados querem móveis de madeira de lei
Eles usam por um tempo e depois ficam enjoados
O mogno é extremamente precioso para eles eu sei
Em nome da vaidade eles vão sendo cortados

A belíssima floresta que da minha janela eu avistava
Em seu lugar foram criados favelas e condomínios
Quando era criança debaixo da sua sombra brincava
Nestas árvores que sofreram verdadeiros extermínios

Aquela linda arvore em frente daquela minha escola
Foi derrubada para no seu lugar fazer uma avenida
Hoje apenas é sua velha fotografia que me consola
Sumiram com as árvores da minha infância querida

A cada dia aumenta mais a produção de moto serra
Mas custará caro a seiva que por ela for derramada
Sem as úteis matas a vida no nosso planeta encerra
E assim a humanidade caminha na direção errada


Autor: José Carlos Gueta







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