É natural, e saudável, que o estudante de qualquer profissão se preocupe em colher informações sobre as oportunidades que irá encontrar no mercado de trabalho depois que receber o diploma. É importante saber se é fácil ou difícil ingressar na profissão, se os salários são bons e quais são as dificuldades a superar no início para consolidar uma carreira. Mas é igualmente importante que, já no início do estudo, o aluno também se preocupe sobre que tipo de profissional que pretende ser. Qual é a meta? Chegar ao topo, ser um profissional de destaque, com uma agenda sempre cheia de compromissos? Ou ocupar uma posição com menos tensões e mais horas de convívio com a família? Esta é a hora das decisões. Tudo o que irá se desenrolar adiante, numa carreira profissional, terá mais consistência se as metas forem traçadas desde já. Há pessoas com perfil cerebral, que gostam de planejar e desenvolver estratégias. Outras são mais ligadas aos aspectos operacionais, gostam de pôr a mão na massa e fazer as coisas acontecerem. É fundamental que o estudante pense profundamente em suas características pessoais, temperamento, preferências, estilo de vida... - tudo isso vai pesar, direta ou indiretamente, na carreira profissional. Outro passo importante para o estudante é, desde já, se adequar às necessidades do mercado. As empresas querem profissionais talentosos e criativos, pessoas empreendedoras que saibam antever oportunidades, tendências e necessidades. É importante ter espírito de equipe, gostar de se relacionar com as pessoas, saber comandar e delegar tarefas, ter interesse no que o cliente deseja para se sentir satisfeito. Falar inglês é imprescindível. Utilizar os recursos da Internet com desenvoltura - buscando sempre a melhor e mais fundamentada informação - também é. Para se tornar um profissional de qualidade, é importante que o estudante leia bons livros, assista bons filmes, ouça boa música e também se interesse por teatro, artes plásticas e outras manifestações culturais. Não se deve esperar pelas coisas; buscá-las é uma parte importante do aprendizado. Tudo isso ensina a enxergar o mundo com mais amplitude. Quanto mais conhecimento e diversidade, melhor. E melhor ainda é acabar de vez com os preconceitos. A tendência é que acabem de vez aquelas velhas e absurdas 'diferenças' entre jornalistas e profissionais de relações públicas. Nas empresas, as tarefas executadas por essas áreas estão cada vez mais integradas - jornalistas fazem coisas de RPs e RPs fazem coisas de jornalistas.
*Rafael Guelta é jornalista, editor de Comunicação Interna Corporativa da Volkswagen do Brasil. |
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